A técnica simples que vai ensinar sua mente a ser mais positiva e ver o lado bom da vida

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Muitas vezes, quando passamos por momentos de dificuldade em nossa vida, temos a tendência de focar em tudo que há de negativo em cada experiência vivida.

Por exemplo, já reparou que quando você está triste, você tende a achar tudo (ou quase tudo) ruim, sem graça? Qualquer coisa te chateia, te incomoda?

Isso acontece porque, nesses momentos, sua atenção é voltada para os aspectos negativos das experiências, de modo que você ou desconsidera, ou não consegue reconhecer os aspectos positivos das experiências.

E essa dificuldade de assimilar os eventos positivos, faz com o que você tenha um senso distorcido da sua própria realidade.

Veja Louis*, um rapaz jovem, de 20 anos, com sintomas de ansiedade social, além de ter pouca motivação e confiança.

O terror da vida de uma pessoa com ansiedade social é ter o mínimo de atenção possível.

A pessoa socialmente ansiosa tem certeza de que vai fazer algo errado, de que vai dizer alguma bobagem e, por isso, ou ela se prepara exaustivamente quando sabe de uma possível interação social e/ou ou ela revive a interação incansáveis vezes em sua mente para se certificar de não ter feito nenhuma bobagem.

Infelizmente, na maioria das vezes, o resultado é que o ansioso social acaba encontrando algum “erro” durante o evento analisado. Na realidade, essa conclusão, em 99% das vezes é enganosa: a mente já está viciada em ver apenas o negativo, ignorando todos os bons momentos proporcionados pela interação social.

Em seu último ano no ensino médio, Louis jogava no time de basquete de sua escola. Ele morria de vontade de jogar, mas sempre escolhia ficar no banco, por causa de sua ansiedade social.

Afinal de contas, seu senso de realidade distorcido tinha certeza de que, se Louis levantasse daquele banco, ele estragaria qualquer partida.

No último jogo da temporada, seu time estava prestes a sofrer uma derrota na casa do oponente e um jogador importante sofreu uma lesão.

Com isso, o técnico pediu que Louis entrasse na quadra, para seu desespero.

“Mesmo estando nervoso antes do jogo, rapidamente descobri que durante os poucos minutos em que estava na quadra eu estava totalmente mergulhado no momento e na experiência. No final, já não me importava o que eu aparentava ou o que os outros achavam das minhas habilidades para jogar. Eu simplesmente estava lá para fazer meu papel. Naquele momento, fui capaz de cumprir meu dever e me esqueci dos olhares penetrantes do julgamento dos outros.” (Rashid, Tayyab, 2019, p. 89)

Louis marcou apenas três pontos naquela temporada, mas esse foram os três pontos que levaram seu time às finais.

Veja como essa experiência permitiu que Louis mudasse a forma de se enxergar e a forma de enxergar toda a situação em si.

Ele conseguiu enxergar algo mais importante que o medo dele, que a certeza de que cometeria alguma indiscrição social, de que seria julgado pelas outras pessoas e focou no que importava naquele momento: levar o time às finais, à próxima etapa.

Tenho certeza de que esse momento inspirou o jovem Louis em muitos outros momentos de sua vida.

Uma maneira simples de começar tirar o foco de sua atenção dos aspectos negativos das suas vivências e dirigi-lo a algo mais positivo é responder às seguintes perguntas:

  1. Quais são os seus pontos fortes e suas qualidades?
  2. O que aconteceu de positivo no seu dia?
  3. Como você contribuiu para que o dia fosse positivo? O que isso diz sobre você?

Essas perguntas são muito importantes para construção de sua identidade, bem como são importantes para contrapor o sentimento de vulnerabilidade, de fragilidade que todos nós experimentamos diante de algum desafio.

Particularmente, as pessoas que sofrem de ansiedade, são mais sensíveis à vulnerabilidade, pois o maior medo delas, em geral, é “não conseguir dar conta” do recado na hora H.

Outra forma muito bacana de começar a mudar o foco de sua atenção para um viés mais positivo é recordar algum fato, experiência que teve um desfecho muito bom. Por essa razão, quero convidar você a fazer um exercício bastante simples e poderoso.

Para esta dinâmica, você deve baixar a Folha de Exercício – O lado bom da vida. Mesmo que você responda no celular ou no computador, é importante baixar a Folha com as instruções.

Agora que você já baixou sua Folha de Exercício, quero que você se sente e se acomode em sua cadeira, com as costas retas no encosto da cadeira, com os pés apoiados no chão e com suas mãos apoiadas nas pernas.

Feche os olhos e respire três vezes profundamente.

Agora, lembre de um momento em que lidou com uma situação difícil de forma positiva.

Essa experiência não precisa ser algo grande. Provavelmente, o que vai vir à sua memória é um fato pequeno, mas grande o bastante para libertar o que há de melhor de em você.

Devagar e, no seu tempo, abra seus olhos e utilizando a Folha de Exercícios – O lado bom da vida, escreva sobre essa situação, da forma que você preferir, como se você estivesse a contar uma história (com início, meio e um final feliz).

Depois que você escrever sua experiência, quero que você responda às seguintes perguntas:

  • O que esta experiência diz sobre você?
  • O que ajudou você a lidar com essa situação? Procure ser específica aqui, como por exemplo: aspectos pessoais, como a persistência, o otimismo, a fé; aspectos ambientais, como o apoio dos amigos, familiares ou relacionamentos profissionais.
  • Outras pessoas importantes da sua vida conhecem essa experiência da mesma maneira como você se recorda dela?

Para ilustrar, vou compartilhar uma experiência pessoal que sempre que lembro, sinto desabrochar muitas coisas boas dentro de mim.

O ano era 2008. Estava no III ano e em todo aquele movimento de fim de ensino médio, cursinho, pré-vestibular…

Havia decidido que não faria cursinho (e por conseguinte, vestibular) naquele ano, que me dedicaria a concluir à escola e faria cursinho no ano seguinte, seguindo os passos de minha irmã mais velha.

Eis que, um belo dia, o colégio informa que a coordenação e os professores se uniram para montar um cursinho gratuito para os alunos. Na verdade, a única taxa que pagamos foi o valor da camisa (para ficar todo mundo uniformizado) e o material didático.

Detalhe: o cursinho ficava a um muro de distância. Ou seja, eu não ia precisar me deslocar para nenhum lugar para assistir às aulas.

Aí, você já sabe como é adolescente, né? Vi meus amigos se mobilizando pra ir pro cursinho, todo mundo só falava daquilo e eu fiquei pensando no assunto.

Eu nunca fui “Maria vai com as outras”, mas sempre tive meus momentos de iluminação, sabe? E, um belo dia, me veio aquela voz da consciência dizendo que eu devia tentar, que eu conseguiria dar conta.

E lá fui eu, pro desespero de minha mãe. (risos)

Minha mãe, tadinha, tentou me persuadir de tudo quanto foi jeito. Quando vi que não teria o apoio dela, soltei uma frase célebre que eu sempre dizia na adolescência: “Eu dou meu jeito.”

Eu até sinto bastante orgulho de mim nesse período, pois me achava corajosa e determinada.

Bom, dando meu jeito, assumi a responsabilidade de organizar minha marmita toda noite, preparar minha mudança diária para passar o dia na escola e lá ia eu.

Felizmente, com alguns poucos dias, minha mãe mudou de ideia e decidiu me ajudar. (risos)

O fato é que, com muito esforço, com um pé na bunda histórico que levei naquele ano, com todas as dificuldades de conciliar escola e cursinho, no ano seguinte, eu havia sido aprovada em Química no vestibular da UFBA – Universidade Federal da Bahia.

Nossa, foi um misto de emoção, com alívio! Eu me senti tão forte, inteligente! Imagine, passar numa universidade federal, de primeira?!

Sempre que volto a essa lembrança me sinto empoderada, sabe? Porque essa experiência me faz lembrar que eu sou uma pessoa determinada, forte, decidida, que sabe o que quer, que não tem medo de ir à luta para conquistar aquilo deseja.

Me sinto mais como eu mesma quando vou para essa recordação.

Os aborrecimentos cotidianos, muitas vezes, minam nossa energia e nosso humor. Dedicar alguns minutos do seu dia a qualquer uma dessas atividades, permite que você traga à tona sua capacidade de obter sucesso e compare seu estado atual a alguma mudança, sutil ou significativa, que podem ter experimentado desde que ocorreu o evento escolhido.

Sempre que faço essa viagem no tempo, me sinto mais que renovada.

Pesquisas tem demonstrado que recordar memórias positivas pode ajudar a acabar com um humor negativo.

Relembrar essa experiência vai ajudar a equilibrar seu humor, pois refletir, escrever sobre esse momento gera uma série de emoções positivas em você.

O ato de escrever, seja com papel e caneta, seja no notebook ou no smartphone permite que você tenha consciência de sua eficácia no passado.

Algumas observações importantes sobre esse exercício.

  1. Se você sentir dificuldade de fazer essa dinâmica, você pode fazê-lo pessoalmente, com alguém de sua confiança, ou pode lançar mão dos recursos eletrônicos. Talvez você prefira utilizar fotos, lembranças, certificados e cartas para contar sua história. Você pode preferir contar sua história através de uma montagem de fotos, através de um vídeo no YouTube, através de um texto num site como esse ou até mesmo no Instagram.
  2. Se você sentir dificuldades para lembrar de uma experiência e escrever sobre ela, você pode pedir para algum familiar ou amigo próximo a você escrever uma história sobre eles.
  3. Se a dificuldade persistir, você pode escrever alguma história ou acontecimento da vida real de superação de desafios que você ache inspiradora. A partir dessa história, você poderá, pouco a pouco, seguir na direção de sua própria história da vida real ou de resiliência.
  4. Uma última alternativa é você criar uma história de superação idealizada sobre você mesma.

Se você gostou desse exercício e quer se beneficiar ainda mais responda às seguintes perguntas sobre as histórias que você conta a seu respeito, para si ou para os outros:

  1. Existe algum tema?
  2. O que você está tentando comunicar sobre você através de suas histórias? Você é vulnerável? Resiliente? Você é uma vítima ou uma sobrevivente?
  3. Suas histórias mudam, ou mudam de tom, de acordo com sua plateia?
  4. Quais são seus valores?

Se você desejar, você pode me enviar sua história. Basta me enviar um e-mail para eu@priramos.com e colocar na linha de assunto “[Seu nome] – O lado bom da vida”.

Esse pode ser o primeiro passo para uma vida mais leve e realizada. Se você quer escrever uma nova história para você, a partir daqui, e tirar sonhos do papel, clique no link abaixo para liberar uma sessão gratuita comigo, onde traçaremos um plano de ação para transformar seus sonhos em realidade.

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